O vestibular de uma certa universidade apresentou o seguinte trecho do poema de Camões e cobrou dos candidatos a interpretação:
'Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.'
Uma vestibulanda de 18 anos deu a seguinte interpretação:
'Ah! Camões! Se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos
uns quantos analgésicos,
e Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a internet, e descobririas
que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo.'
A candidata foi aprovada com nota 10. Foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou que o problema de Camões era só falta de mulher...