EFEMÉRIDES DO CALANGO

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25 setembro, 2017

Barbarella, um marco das histórias em quadrinhos adultas

Sobre a personagem


Barbarella é uma HQ francesa clássica (uma bande dessineè) que mesclava sci-fi e erotismo, criada por Jean-Claude Forest.
  
2ª e 3ª edições da V-magazine com Barbarella

Inicialmente publicada em capítulos na revista V-Magazine, uma revista masculina de entretenimento, de periodicidade trimestral, em 1962. Misturando elementos de quadrinhos e pulp fictions, como Flash Gordon, Buck Rogers, James Bond, Mandrake e Jim das Selvas, com sua liberalidade sexual, e os desenhos anatomicamente perfeitos de Forest, Barbarella não teve grande sucesso até a compilação em álbum de luxo em 1964: Barbarella, Le Terrain Vague.
Quando esse álbum foi lançado, escandalizou a França, chegando a ser censurada em 1965, o que a alçou à categoria de celebridade instantânea e, com isso, conquistou a Europa e depois o mundo. Suas páginas mostravam não somente mulheres com belas curvas bem definidas, como também seios à mostra e posições no mínimo pornográficas para o período em vigor (GARCIA, 2017). Assim ela foi descrita pelo articulista espanhol Estebán Bartolomé, em 1973 (apud BARBARELLA [1]):
Imersa em um mundo fantástico, suas andanças nos levarão, assim como no caso de Flash Gordon sobre Mongo, de um país a outro, de um reino a outro, ajudando ao bom contra o mau. Suas armas são as mais modernas que a tecnologia oferece, somadas à mais antiga que o mundo conhece, a feminilidade. [Tradução livre, grifo meu]
Ela foi uma encomenda de Georges H. Gallet, editor da Le Rayon Fantastique e da V-Magazine. Forest recordou assim a origem de Barbarella:
“Um dia [Gallet] me perguntou se eu queria fazer uma tira para ele - sem tabus! Gallet tinha me pedido para fazer um tipo de mulher Tarzan, Tarzella, mas essa ideia particularmente não me interessou. [Então] Ele me veio com Barbarella. Pelos próximos dois anos, a uma taxa de oito páginas a cada três meses, eu contei suas aventuras, indo com o fluxo de inspiração, sem qualquer pré-planejamento.”

Ou seja, Barbarella tinha sido encomendada inicialmente como uma espécie de “Sheena, a rainha das selvas”, de Will Eisner, só que mais libertina, digamos assim.
Uma das primeiras Tarzellas que existiu, em 1937

Como Forest não gostou, ela se tornou uma mulher do séc. XL, jovem, loira e linda que sofreu uma decepção amorosa e decidiu vagar pelo espaço em busca de aventuras e novos amores. A coisa mais certa a acontecer em suas aventuras é ter as roupas rasgadas, ou tirar mesmo por vontade própria e entregar-se a homens, robôs ou monstros gelatinosos. Com tal propensão liberal, Barbarella tornou-se rapidamente um ícone do feminismo da década de 1960.
Diversas outras heroínas eróticas surgiram na França após o lançamento de Barbarella, contribuindo assim com a revolução sexual/cultural dos anos 60, tais como Jodelle (1966) e Pravda (1968) de Guy Peellaert, Vampirella (1969) de Forrest J Ackerman, e Valentina (1965) de Guido Crepax, entre outras.
E com todo essa popularidade alcançada, foi levada ao cinema pelo diretor Roger Vadim em 1968, Barbarella virou um filme cult extremamente popular e catapultou a carreira de Jane Fonda, que a interpretou, transformando-a numa sex symbol da época.
Jane Fonda como Barbarella, em 1968


Mas Barbarella teve sua imagem claramente inspirada na sex symbol francesa Brigitte Bardot, que acabou se casando com Roger Vadim.
É inegável que Barbarella é Brigitte Bardot

Barbarella teve seu primeiro álbum, publicado no Brasil em 1969 pela Linográfica Editora e traduzida por Jô Soares. Com o cartaz do filme Barbarella, de 1968, como capa, é considerado por muitos colecionadores de quadrinhos uma relíquia. Em 2015, o selo Jupati Books da Marsupial Editora republicou com nova tradução. Os outros três álbuns continuam inéditos no Brasil, sendo os volumes 2 e 3 escritos e desenhados por Jean-Claude Forest, e o último apenas escrito.
A banda pop dos anos 1980 Duran Duran tem esse nome tirado de um dos personagens do primeiro álbum de Barbarella, o professor Durand Durand. E uma de suas mais famosas músicas é justamente “Electric Barbarella”(https://www.youtube.com/watch?v=MK1g5dMYR3s). Em verdade, várias bandas ao redor do mundo têm músicas citando a obra.


O álbum Barbarella, de 1964
Devido ao grande destaque que é dado a Barbarella em todos os livros sobre história da arte sequencial, resolvi que já tinha passado da hora de ler a obra. Acabei encontrando-a no sempre excelente Scanmaniacs (http://scanmaniacs.blogspot.com.br/) e iniciei minha empreitada.
Caso queira conferir por conta própria a HQ, pode baixar no link abaixo e pular direto para a Análise final.
Crystallia, a cidade estufa
Começa com Barbarella chegando ao planeta Lythium em seu foguete. Contudo, por estar extenuada da viagem, acaba caindo numa cidade chamada Crystallia, cheia de estufas. Como a estufa onde caiu continha roseiras, os espinhos já se encarregaram de começar a rasgar as roupas da bela viajante. Salva por Dianthus, um representante do povo adônide, floricultores famosos em toda a galáxia, já na quinta página da HQ, Barbarella se oferece para mostrar o quão grata ficou por ser salva da primeira estufa. O nome do povo remete a Adônis, da mitologia grega, que, além de belo, era o deus da vegetação. Logo, uma explicação do porque desse nome a um povo floricultor.
Barbarella descobre que há uma guerra entre esse povo e os Orhmrs, um povo que deixou de usufruir de águas termais naturais porque foram canalizadas para uso exclusivo dos adônides. Mas Dianthus planeja acabar com esta guerra em aliança a um jovem do Orhmrs, Dhan. Para tanto, precisa enviar uma mensagem ao aliado, mas está sendo muito vigiado. Barbarella, então, se oferece para levar a mensagem.
Mal chega à terra dos Orhmrs, é atacada e suas roupas já ficam em frangalhos. Sendo salva por Dhan, já na página 8 tinha satisfeito sua curiosidade sobre como os “Orhmrs expressam sua afeição…” Após entregar a mensagem, volta com Dhan até Crystallia, mas é surpreendida por uma estranha agitação na cidade e é salva de ser descoberta por Knautia, irmã de Dianthus. Quando decide voltar a seu foguete, descobre que está sendo vigiado. mas como para as “mulheres, há mais de um jeito de esfolar um gato”, já na página 10 está nua junto com Knautia, ‘atacando’ o pobre guarda. Ao final deste arco, com Crystallia salva, Barbarella encontra-se perdida em pensamentos: “Em que braços devo celebrar primeiro a vitória do bem sobre o mal: os de Dianthus ou os de Dhan?”
Como Knautia já havia se envolvido com Dhan e Dianthus já estava cortejando um jovem Orhmrs, Barbarella decide ir embora em um foguete-cargueiro.
Na aventura seguinte, ela é levada a uma cidade-medusa. Uma gigantesca água-viva que é uma cidade flutuante no ar. Como o ambiente da medusa é cáustico (uma clara alusão às queimaduras causadas por águas-vivas), é o momento perfeito para o ilustrador colocar Barbarella nua a ser lavada com uma substância que vai protegê-la daquele ambiente (pág. 15). A cidade é governada por uma mulher chamada Medusa e que possui uma máscara com várias serpentes. Obviamente, ninguém se atreve a olhar para sua face com medo de virar pedra. A monarca exige ver o rosto de Barbarella e, para tanto, pede que ela feche os olhos, levando-a numa viagem em seu submarino particular.
Durante a viagem, Barbarella tira sua blusa para tampar o rosto da Medusa (e ter um desculpa para ficar só de corpete) e a sequestra para conseguir salvar a tripulação do foguete-cargueiro em que viajava. Após algumas confusões, descobre-se que olhar para a rainha Medusa não transformava as moças em pedra, mas fazia com que a rainha lhes copiasse o rosto, o que fazia com que seu povo matasse a que tinha o rosto original. Mostrando arrependimento de tantas mortes, e meio que flertando com Barbarella, a rainha permite que ela fuja enquanto atrasa seu povo.

Essas duas primeiras aventuras são coloridas com tons de rosa. A próxima aventura muda para amarelo e inicia num deserto onde apenas Barbarella e o capitão do foguete-cargueiro estão salvos. Apesar disso, já estão há tanto tempo no deserto que Barbarella jura que se entrega ao primeiro que matar sua sede. Lá, encontram um povo que vive no subterrâneo, os olopíades. Na sequência, são atacados por toupeiras gigantes, o que é mais do que conveniente para que nossa heroína fique com poucos trapos lhe cobrindo. Sendo salva por Strickno, caçador que oprime os olopíades e chefe do marciano Klill, um engenheiro genético que produz aberrações apenas para o simples prazer de caça de Strickno.

O início da segunda aventura
Convidada pelo caçador a escolher uma de suas peles como presente, ela decide ir para tentar acabar com o reinado de horror de Strickno. É claro que não demora para estar nua logo na página 26.
Armando um certa confusão no laboratório do marciano, Barbarella liberta uma fera selvagem que desperta o animus do caçador Strickno que acaba matando o animal ao tempo que é morto também. Nem mesmo o capitão do foguete-cargueiro, Dildano, ou o líder pacífico dos olopíades sobrevive. Apenas barbarella, só de biquini, e o marciano, a quem pede que a leve a outro lugar.
Assim, eles usam uma escavadeira-toupeira para chegar a outro ponto de Lythium, Yesteryear, uma cidade com modos e costumes terráqueos do século XIX. barbarella é logo atacada por duas adolescentes que são netas do rei e umas verdadeiras pestes. Ao chegar na cidade, é libertada pelo príncipe e passa a acompanhá-lo pela cidade até que num acidente num dirigível, Barbarella se salva sozinha, mas chega para o príncipe e diz que ele a salvou e começa a ficar nua, mas sua volúpia é logo contida pela aparição de um pequeno animal no quarto que era mais uma brincadeira das pestinhas. Enfurecida, ela parte atrás das meninas apenas de calça rendada e sutiã, para logo ser aprisionada por elas e levada aos restos de uma nave estelar abandonada, onde outros amigos estão aguardando. Barbarella é amarrada para ser mordida por brinquedos mecatrônicos dos adolescentes até que o príncipe a resgata, mas já está muito farta dessa cidade louca para permanecer ali e foge para a escavadeira-toupeira em busca de um novo destino.
Acaba chegando em Sogo, uma cidade odiada por todos os outros povos de Lythium, antro de depravação e cercada por um labirinto do qual não se pode escapar. Obviamente, uma alusão a Sodoma e Gomorra (So + Go).
O encontro de Barbarella com Durand, com a cidade de Sogo ao fundo
Logo no início, ela encontra o Professor Durand Durand, que lhe explica tudo sobre o labirinto e a cidade. No labirinto vivem vários tipos alienígenas, de homens-vegetais a mulheres-leopardo e homens alados. Não é possível chegar à cidade porque vapores são expelidos e matam quem tentar. Não é possível fugir por cima dos muros do labirinto porque tubarões do ar (sic!) os devora.
Apenas um ser já escapou do labirinto,duas vezes, mas foi capturado em ambas. da primeira, voltou apenas surrado quase até a morte. Da segunda, lhe arrancaram os olhos para impedir um terceira tentativa. Trata-se de Pygar, um ornitântropo, um homem alado com o dobro da estatura de um homem normal.
Então, Barbarella lembra da escavadeira toupeira que a trouxe até as portas do labirinto e que pode ser outra via de escape. Contudo, ao voltar à nave, a Guarda Negra de Sogo já a destruiu e está a procura de nossa heroína. Como sempre, basta uma ideia surgir e Barbarella já começa a executá-la sem reflexão. Vai para cima da Guarda Negra já tirando a blusa e dizendo que tem um presente para o soberano de Sogo, em busca de alcançar o déspota e libertar o povo do labirinto. O que ela não contava é que os guardas são apenas bonecos de couro sem enchimento algum. São autômatos que não se deixam seduzir nem corromper.
Sendo salva por Pygar e Durand, convence o homem alado a voar durante a chuva (o que afasta os tubarões aéreos) carregando-a como guia até a cidade. Chegando lá, Pygar tem amigos que o escondem e fornecem um mapa da cidade a Barbarella. Seguindo pela cidade, acaba encontrando com pedintes mal-encarados de quem é salva por uma prostituta caolha chamada Slupe, que vai logo se oferecendo para dar amor de graça à loira quando são interrompidas pela comitiva real que está passando.
Para infortúnio de Barbarella, ela não só descobre que Sogo tem uma rainha, e não rei, como é escolhida para ser levada à presença dela. Dentro do palácio, parece haver uma revolta em andamento, mas se trata de uma simulação, um joguete para agradar à rainha. Um dos guardas passa a mão em Barbarella, mas se trata de uma forma de passar um bilhete a ela chamando-a para a revolta de verdade. Logo a seguir, uma mão feminina lhe entrega uma arma que Barbarella usa para atirar na própria traidora. Com isso, cai nas graças da rainha, pois não tomou parte da revolta, mas numa nova atitude impensada, arranca o véu que esconde o rosto da rainha e descobre que se trata da primeira garota que ela conheceu na cidade, a vadia de um olho só. Acaba condenada a morrer numa jaula onde são liberados pássaros que poderiam lhe matar a bicadas se não fosse o oficial que a levou até a rainha salvá-la. Novamente, não entendendo o que está acontecendo, Barbarella acaba tomando-lhe a espada e matando. Contudo, o salvamento era real.
De toda forma, ela encontra um aeromóvel guiado por um robô, Diktor, à sua espera e foge. No caminho, pergunta o que ele pode fazer. O robô responde que pode fazer praticamente tudo e, ao seguirmos para a página 53, encontramos a cena mais icônica de Barbarella em todos os tempos, reproduzida em praticamente todos os livros sobre quadrinhos que já tocaram em seu nome: ela deitada na cama após o robô tê-la satisfeito.
A satisfação de Barbarella após se deitar com o robô Diktor,

uma das cenas mais referenciadas da história das HQs adultas.
Depois, Barbarella pede a Riktor que lhe indique uma forma de voltar ao palácio, para concluir o que começou. Ele indica-lhe um robô trapaceiro que é zelador por lá, que acaba entregando ela ao Mestre Chaveiro do palácio. Depois de prendê-la à Máquina Excessiva, cujo objetivo era matar-lhe de prazer, ele acaba concordando em ajudar Barbarella a acabar com a rainha, pois ninguém mesmo gosta da rainha da cidade da depravação. Para tanto, a leva ao quarto da rainha, onde ela dorme sob efeito de uma máquina que simula sonhos. Mas outra traição ocorre e Barbarella fica presa no tal quarto com o pesadelo que ela própria havia programado para a rainha em andamento. Como se trata de uma máquina de realidade virtual, Barbarella também vivencia a fantasia onírica.
Juntas, elas escapam do sonho e vão ao porão do palácio, onde Barbarella descobre que existe uma criatura que expele gases venenosos quando provocada, os gases que matam os habitantes do labirinto que tentam entrar na cidade. Elas fogem do palácio num veículo chamado Desiderobus e chegam a um local onde Pygar está sendo mantido preso e torturado. Óbvio que Barbarella não ia tolerar aquilo e ataca a rainha, tentando estrangulá-la. Acabam fugindo da cidade os três no Desiderobus que, num pouso forçado, quebra. A rainha foge novamente para a cidade e libera o veneno da besta presa no subsolo de Sogo para matar todos nos labirintos. Muitos escapam subindo nas paredes e não são atacados pelos tubarões porque a camada de ar quente em que manobram acaba subindo com a presença do vapor venenoso no labirinto. Logo após, a rainha, em mais um traje fetichista retorna numa nave em busca de Barbarella e seus amigos para combater uma revolta real que tomou o poder enquanto ela saiu da cidade da primeira vez. Passa o comando da Guarda Negra para Barbarella e está prestes a voltar para a cidade quando a nave é abalroada e elas assistem as torres de Sogo ruírem. O último quadro da HQ mostra Pygar salvando ambas da morte e, ao ser questionado por Barbarella o porquê de ter salvo Slupe, responde: Porque um anjo não tem memória.
O máximo de nudez que se tem em Barbarella
Análise

Depois de lido o álbum, é necessário fazer um esforço de contextualização para entender o porquê do furor provocado por Barbarella na década de 1960. O ilustrador Jean-Claude Forest é competente, mas não é excepcional. Suas mulheres são insinuantes, mas não há maior nudez do que a desta imagem:
As posições e sugestões fetichistas já eram vistas em HQs da Mulher-Maravilha da década de 1940.

 
Acima, cenas de Wonder Woman #3 e #5 (1943)

Máscara de couro e bondage em Wonder Woman #6 (1943)

  
Pernas à mostra em Wonder Woman #6 e seminudez em Wonder Woman #9 (1943)

O desenrolar das aventuras é fortuito e sem planejamento aparente, como o próprio Forest afirmou quando falou da origem de Barbarella. Mesmo sua cena mais famosa, publicada em praticamente qualquer livro sobre quadrinhos, dela com um robô logo após o sexo, é só isso. Não há a cena de sexo. Apenas a sugestão de que haveria e a cena seguinte já com Barbarella elogiando a performance do parceiro, como visto no resumo anterior.
Por outro lado, há algumas ideias bem interessantes no texto. Por exemplo, a solução para comunicação da terráquea Barbarella com povos de um outro planeta. Não se usa nenhum comunicador universal, mas subentende-se que houve um esforço galáctico para unificar as culturas alienígenas em torno de uma língua artificial universal: o Esperanto Galático. Como se sabe, houve este esforço real na Terra ao se criar o Esperanto.
Outro ponto favorável foi a tentativa de tentar dar realismo a certas situações da história, mesmo ela sendo uma fantasia. Um exemplo é o uso de uma substância que protegesse Barbarella do toque ácido da Água-viva gigante. Outro é explicar que os tubarões aéreos precisavam de uma camada de ar com determinadas condições para “nadar” e, por isso, não davam rasantes no labirinto. Outros autores teriam sido menos criteriosos.
A impressão que dá é que Forest desenvolvia sua personagem em meio a um dilema. Precisava promover nudez e situações eróticas, como encomendado por Gallet, mas parecia querer escrever aventuras minimamente interessantes. O resultado foi uma colcha de retalhos em que qualquer circunstância é desculpa para um insinuação sexual
Em suma, podemos definir Barbarella como um pornô sem pornô. Ou melhor, o roteiro de um filme erótico sem erotismo algum. Deve ter sido censurada em 1965 muito mais por reação de patrulhamento moralista do que necessariamente pelo conteúdo.
De toda forma, trata-se de um marco da nona arte que abriu portas para mestres de hoje, como Serpieri (Druuna) e Manara (O Clic).

Referências Bibliográficas

ABSENCE. Wonder Bondage. Disponível em: http://absencito.blogspot.com.br/2009/02/wonder-bondage.html. Acesso em: 21 set. 2017

Adônis. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Adônis&oldid=47729639. Acesso em: 15 set. 2017
Barbarella [1]. Disponível em: https://es.wikipedia.org/wiki/Barbarella?oldid=97670588. Acesso em: 14 set. 2017
Barbarella [2]. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Barbarella?oldid=46764779. Acesso em: 14 set. 2017
FARIA, Gabriel. A Barbarella de Jean-Claude Forest. abr. 2017. Disponível em: https://www.torredevigilancia.com/a-barbarella-de-jean-claude-forest/. Acesso em: 18 set. 2017
GRAVETT, Paul. Jean-Claude Forest’s Barbarella: A Landmark in Adult French Comics. set. 2014. Disponível em: http://www.paulgravett.com/articles/article/jean_claude_forests_barbarella. Acesso em: 18 set. 2017

PATATI, Carlos; BRAGA, Flávio. Almanaque dos quadrinhos: 100 anos de uma mídia popular. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
Sheena. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sheena&oldid=49431192. Acesso em: 21 set. 2017


Imagens utilizadas

Obras referenciadas ou scan do álbum Barbarella


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