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05 agosto, 2009

[utilidade pública] Tudo o que você queria saber sobre gripe suína (influenza A) e não teve como perguntar ao Drauzio Varella

O surto atual da gripe suína, ou influenza A, é provocado pelo vírus H1N1 da influenza do tipo A. Ele é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da gripe suína, que infectaram porcos simultaneamente.
O período de incubação varia de 3 a 5 dias. A transmissão pode ocorrer antes de aparecerem os sintomas. Ela se dá pelo contato direto com os animais ou com objetos contaminados e de pessoa para pessoa, por via aérea ou por meio de partículas de saliva e de secreções das vias respiratórias.
Segundo a OMS e o CDC (Center for Deseases Control), um centro de controle de enfermidades, nos Estados Unidos, não há risco de esse vírus ser transmitido através da ingestão de carne de porco, porque ele será eliminado durante o cozimento em temperatura elevada (71º Celsius).
Experiências recentes mostram que ele não é tão agressivo quanto se imaginava.

Sintomas
Os sintomas da gripe suína são semelhantes aos causados pelos vírus das outras gripes. No entanto, requer cuidados especiais a pessoa que apresentar febre alta, acima de 38º, 39º, de início repentino, dor muscular, de cabeça, de garganta e nas articulações, irritação nos olhos, tosse, coriza, cansaço e inapetência. Em alguns casos, também podem ocorrer vômitos e diarréia.

Diagnóstico
Existem testes laboratoriais rápidos que revelam se a pessoa foi infectada por algum vírus da gripe. No caso do H1N1, como se trata de uma cepa nova, o resultado demora aproximadamente 15 dias. No entanto, nos Estados Unidos, já foram desenvolvidos "kits" para diagnóstico, que aceleram o processo de identificação do H1N1.

Tratamento
Os princípios ativos fosfato de oseltamivir e zanamivir, presentes em alguns antigripais (Tamiflu e Relenza) e já utilizados no tratamento da gripe aviária, têm-se mostrado eficazes contra o vírus H1N1, especialmente se ministrados nas primeiras 48 horas, que seguem ao aparecimento dos sintomas.
É de extrema importância evitar a automedicação. O uso dos remédios sem orientação médica pode facilitar o aparecimento de cepas resistentes à medicação

Recomendações
Para proteger-se contra a infecção ou evitar a transmissão do vírus, o Center Deseases Control (CDC) recomenda:
• Lavar freqüentemente as mãos com bastante água e sabão ou desinfetá-las com produtos à base de álcool;
• Jogar fora os lenços descartáveis usados para cobrir a boca e o nariz, ao tossir ou espirrar;
• Evitar aglomerações e o contato com pessoas doentes;
• Não levar as mãos aos olhos, boca ou nariz depois de ter tocado em objetos de uso coletivo;
• Não compartilhar copos, talheres ou objetos de uso pessoal;
• Suspender, na medida do possível, as viagens para os lugares onde haja casos da doença;
• Procurar assistência médica se surgirem sintomas que possam ser confundidos com os da infecção pelo vírus da influenza tipo A.

Vacina
Existe vacina para ser aplicada em porcos, mas nenhuma específica contra a influenza tipo A em humanos.
A vacina contra gripe que está sendo distribuída atualmente no Brasil foi preparada a partir de uma seleção de subtipos de vírus que representavam ameaça antes de aparecer o H1N1, uma variante nova de vírus influenza tipo A.

Fonte: Drauzio Varella

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