Mas em 2000, num artigo na revista Nature, Autumn reforçou as ideias de Hiller mostrando que são forças intermoleculares as responsáveis pela adesão das moléculas dos pêlos microscópicos da pata da lagartixa à superfície da parede. Os dedos das lagartixas têm milhões de pequenos filamentos, cada um com comprimento de cerca de 100 milionésimos de metro.
Quando as lagartixas pressionam as patas contra uma superfície, os filamentos espalham-se e cobrem uma área relativamente grande. Aumentando a superfície de contacto, aumenta a intensidade das forças intermoleculares (Forças de Van Der Waals) entre a pata do animal e a parede. De acordo com os investigadores, se a lagartixa usasse todos os filamentos dos seus dedos ao mesmo tempo, ela seria capaz de sustentar mais de 120 quilos.
Esse princípio, que explica a habilidade das lagartixas de se fixarem às superfícies, vai ajudar os cientistas a desenvolverem um novo tipo de adesivo, com design inspirado na geometria dos dedos do réptil. De acordo com o biólogo, as microestruturas adesivas poderiam ter inúmeras aplicações, que variam do desenvolvimento de fitas aderentes à construção de robôs com pernas.
Fonte: Quarks e Gluões
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