Eu apresentarei a vocês uma das melhores séries em quadrinhos dos últimos anos e talvez a melhor HQ de terror da atualidade: The Walking Dead (Os mortos que andam)!
Antes de entrar propriamente na HQ em destaque, vejamos o que é terror. Uma definição bem simples é a seguinte: "sensação de medo provocada por algo medonho, desconhecido". A partir dessa definição podemos inferir que histórias que contenham como elemento básico algo fora dos parãmetros normais e que, por isso mesmo, provoque medo podem ser classificadas como do gênero terror.
O gênero ficcional do terror ou horror existe em qualquer meio de comunicação em que se pretenda provocar a sensação de medo. Desde a década de 1960 que qualquer obra de ficção com um tema mórbido ou repelente são conhecidos do público como um gênero à parte, com grupos de fãs muito específicos que rendem culto a subgêneros ou a determinados filmes e literatura a eles associada. Este gênero está intimamente ligado à ficção fantástica e à ficção científica. O medo é a fonte dos filmes de terror. Alguns especulam ser um dos sentimentos que mais faz as pessoas se sentirem vivas e livres.
Desde sempre que as personagens ficcionais são colocadas em situações escabrosas. Isso acontece nos contos tradicionais, nos mitos e nas lendas. De fato, muitas destas situações, fazendo parte do imaginário coletivo foram, posteriormente, incorporadas por escritores e cineastas nas suas produções.
Os lobisomens, vampiros, bruxas, fantasmas e outros são presença na tradição oral. Mas contos dos Irmãos Grimm e que são tidos como literatura infantil, possuem também muitos elementos de horror que chegaram a preocupar alguns pedagogos atuais. O que parece ser uma constante em todas essas histórias é o maniqueísmo humanos versus criaturas fantásticas ou fora dos padrões ditos normais. E, desta forma, podemos determinar uma história como de terror se temos humanos contra qualquer coisa apavorante: monstros de todo tipo, robôs maléficos, aliens que adoram capturar cobaias humanas para dissecação e, em última análise, até serial killers assombrosamente cruéis.
Bom, feito este prelúdio, vamos à HQ a ser dissecada neste post: The Walking Dead (Os mortos que andam).
O terror aqui é causado por um tipo de monstro clássico - zumbis. Mas a história realmente atrai pela maneira como é contada. Nada de humanos que viram super-heróis de uma hora para outra como em "Resident Evil" ou "Eu sou a lenda". São pessoas normais vivendo uma realidade assustadora em que existem zumbis por todos os lados. A publicação foi lançada em 2003 e a história foi criada e escrita por Robert Kirkman, tendo como desenhista inicial Tony Moore (substituido por Charlie Adlard a partir do numero 7). Clique para ampliar
Como falei, a história gira em torno de um fenômeno inexplicado que transforma mortos em zumbis. O principal protagonista até o momento (ed. 41) é um policial que é ferido logo na primeira página e acorda um mês depois (segunda página) numa cidade aparentemente evacuada, porém, cercado por zumbis. Clique para ampliar
Daí para frente ele encontra outras pessoas ainda vivas e a trama desenrola-se através da tentativa de sobrevivência neste apocalipse zumbi. E é claro que tem aquela idéia básica de que zumbis alimentam-se de... carne humana! Mesmo assim, nem todos os zumbis são ativos o suficiente para sapirem andando atrás de você (esses são mais perigosos). Existem aqueles que ficam apenas lá, sentados, esperando a não-vida passar. Mas... se você der bobeira, lá vem dentada. São um tipo de zumbi baiano (rsrs).Desculpem, mas não resisti à piada infame.
O mais interessante nesta série é a análise das diferentes reações que pessoas normais teriam ante esse horror. Algo como a proposta de Heroes em relação a superseres. Como sobreviver? Como encarar um ente querido transformado em zumbi? Como imaginar seus filhos, ainda pequenos, crescendo em meio a este armagedon? Quanto tempo é possível viver sem desejar morrer? Ainda há libido estando cercado de zumbis por todos os lados? Pessoas normais demonstrariam suas piores perversões ante o fim do mundo? Ou ainda há esperança? Todas essas questões são abordadas em The Walking Dead, editado pela Image Comics e cuja arte gráfica escapa aos padrões estadunidenses por carecer de colorido.
A série, na minha opinião, parece mais um story board para televisão que uma HQ propriamente dita, de tão densa a história.
Fontes: Vejam também os outros participantes dessa edição:
- Blog do Hiroshi - Hellboy e Bureau de Pesquisas e Defesa Paranormal
- O Busilis - Drácula nos quadrinhos
- Cibertron - Mirza, a mulher-vampiro
- Não diga nada! - Os demônios de Jeremiah Cold
Gostei. É uma série que eu só conheço pelos comentários, que são sempre bons. Calango, se eu não estou enganado, esta edição é a 7ª e não 6ª.
ResponderExcluirOps! Tem razão! Já consertei o título
ResponderExcluirGrande série. Estou acompanhando-a pela edição da hq maniacs. Muito legal o seu post.
ResponderExcluirNão li ainda. Mais uma que vai pra pilha (virtual) de leituras pendentes, a ser lida oportunamente. Abraços!
ResponderExcluirWalking dead está na minha lista de leituras pendentes a serem feitas no carnaval, hehe!
ResponderExcluircara eu baxei tudo diretinho mas na hora de abri nao abre
ResponderExcluirqaul programa q eu preciso ter pra ler?
vlw