EFEMÉRIDES DO CALANGO

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23 janeiro, 2008

[quadrinhos] Carnaval de quadrinhos das quartas - Cinema e quadrinhos

Nesta quinta edição do Carnaval dos Quadrinhos das Quartas convidaram a Toca do calango para falar de cinema e quadrinhos. Então imaginei que Akira seria a pedida perfeita, pois mangá e anime confundem-se neste clássico que iniciou a invasão japonesa ao mercado de quadrinhos ocidental. Vamos lá!

Akira (アキラ, Akira) é um dos mais populares mangás japoneses de todos os tempos. Criado por Katsuhiro Otomo, é considerado um clássico do estilo cyberpunk. Acabou dando origem a um longa-metragem de animação com o mesmo nome, lançado em 1988, que também tem roteiro e arte de Katsuhiro Otomo.

Akira começou a ser produzido em meados de 1987, um filme audacioso, longa metragem de 124 minutos, tendo como principal mídia o cinema.

O lançamento no Japão aconteceu no dia 16 de Julho de 1988, exatamente o mesmo em que Tokyo é destruída no filme.

Akira foi um divisor de águas. Depois dele, as produções japonesas ganharam uma visibilidade e notoriedade nunca antes vista. Com uma animação impecável, a cargo de Nakamura Takashi, "design" nas mãos de Mizutani Toshimaru, uma trilha sonora perfeita desenvolvida por Yamashiro Geino e "script" por conta de Hashimoto Izo e o próprio Katsuhiro Otomo, AKIRA é um dos melhores longa-metragens de todos os tempos. Seus 124 minutos são de pura ação, suspense e terror, colocados lado-a-lado a uma trama psicológica de cair o queixo.

Katsuhiro Otomo

Transportá-lo para a telona foi um grande desafio. Um enredo cheio de pequenos detalhes poderia ficar extremamente falho se o "movie" não tivesse um argumento muito forte. Uma série de cortes foram feitos, mas a grande maioria diz respeito à ligação dos personagens. De fato, indiscutivelmente, uma obra-prima da animação japonesa. Responsável pelo "BOOM!" oriental pelo mundo.

A obra consagrou Katsuhiro Otomo. Além da arrecadação de maciços milhões em bilheteria, também concorreu e ganhou diversos prêmios internacionais. O estilo de ação intensa, tornou várias sequências em cenas clássicas, ação desenfreada de tirar o fôlego.

AKIRA foi lançado no Brasil inicialmente como um longa metragem para cinema, e posteriormente em vídeo no ano de 1990. Foi o primeiro longa anime lançado no Brasil.

Já o mangá de Akira apareceu no Brasil no início da década de 90 e, da mesma forma obscura que surgiu, ele desapareceu por um longo tempo, sendo finalizado apenas após 8 anos de longa espera.

A história desenrola-se em Neo-Tóquio, uma cidade de Tóquio reconstruída (sobre o que é hoje a Baía de Tóquio) depois de ter sido destruída na III Guerra Mundial. Segundo vem depois a constar, a III Guerra Mundial foi (supostamente) iniciada pelo crescimento incontrolável de poderes sobrenaturais de uma criança chamada Akira, que foi registrado num programa governamental secreto de pesquisa.

Akira, gira em torno da ideia básica de indivíduos com poderes sobre-humanos, em particular as capacidades psicocinéticas, mas grande parte da história não se concentra apenas nestas capacidades, mas sobretudo nas pessoas envolvidas, problemas sociais e políticos. O comentário social não é particularmente profundo ou filosófico, mas sobretudo um olhar crítico sobre a alienação da juventude, a ineficiência e corrupção do governo, e um sistema militarizado, desagradado com os compromissos da sociedade moderna.

No mangá, Akira é um personagem que surge apenas no segundo volume, enquanto que no filme, Akira foi dissecado para pesquisa e os seus restos mortais permanecem armazenados em crioconservação por baixo do Estádio Olímpico de Tóquio. Esta mudança tem um efeito damático sobre a história. No manga, Akira e Tetsuo aliam-se e depois Akira destrói Neo-Tóquio. O manga tem muitas diferenças em relação ao filme, mas o resultado é o mesmo em ambos.

Já o projeto de um Akira live-action segue em frente, pois já tem diretor. A Warner Brothers chamou Ruairi Robinson para dirigir o filme. Robinson dirigiu o curta de animação Fifty Percent Grey, indicado ao Oscar em 2001. Porém, ainda não há notícia sobre o início da produção. Em 2004, James Robinson escreveu um roteiro que não agradou a Katsuhiro Otomo, o autor do mangá.

Personagens

* Shotaro Kaneda (Kaneda Shōtarō) — O protagonista. Kaneda é um punk que modificou a sua moto para as suas próprias características. Kaneda é igualmente o líder de uma gang de motos. Com o objectivo de salvar Kei, ele junta-se a um grupo de guerrilha antigovernamental que tenta encontrar o misterioso Akira.

Kaneda e sua moto

* Tetsuo Shima (Shima Tetsuo) — É o melhor amigo de Kaneda desde a escola primária. Sua relação com Kaneda é uma mistura de admiração com inveja. Tetsuo gostaria de um dia liderar a gangue. Depois de um acidente traumático ele transforma-se no arquiinimigo de Kaneda.

Tetsuo
* Kei conhecida como Kay — É uma mulher que Kaneda conhece no seu percurso para encontrar Tetsuo. Ela é um membro de uma organização antigovernamental na qual Ryo e Nezu estão envolvidos.
Kaneda e Kay
* Masaru, Kiyoko and Takashi — Os três "números", Takashi é o causador de todo do início do enredo. Kiyoko é o Número 25, Takashi é o Número 26, e Masaru é o Número 27.
* Akira — O mais poderoso dentre as crianças psíquicas. Ele foi o causador da III Guerra Mundial. Ele é o Número 28.
* Nezu — É um infiltrado no Governo. Ele é o responsável pelo rapto de Takashi, no entanto ele não rapta pessoalmente Takashi.
* Coronel — É o diretor do projeto Akira.

Curiosidades:

* Porque Akira (mangá) é colorido? Como se sabe, os mangás geralmente são em preto-e-branco, à exceção de algumas páginas em edições encadernadas. Mas Akira chegou ao Brasil totalmente colorizado. Como? Ora, Akira foi o primeiro mangá a fazer sucesso em todo o mundo por ser publicado também nos EUA, em 1988. Como os ocidentais estão mais acostumados com quadrinhos coloridos, optou-se por colorizar o mangá. E aí ele tornou-se também o primeiro a ser colorido por computador, trabalho feito por Steve Oliff para o selo Epic Comics da Marvel. Foi reeditado em 2000 pela Dark Horse.
* Há alguns anos, surgiram rumores de um novo "Akira", que seria a continuação do "movie" inicial, mas tudo, por enquanto, não passa de especulações. Existe um anime chamado "Countdown: Akira", com 3 OVAs produzidos em 1995, que não passa de um "hentai" ligado à série "Countdown", e sem qualquer relação com a obra de Katsuhiro Otomo. Em outras palavras: um não tem nada haver com o outro.


Fontes:

Wikipedia

HQ Maniacs

Anime, mangá e TV

Animehaus


Outros posts do Carnaval desta quarta:

Blog do Hiroshi : História dos Quadrinhos no Cinema

O Busilis: O Namoro Conceitual Entre Cinema e Quadrinhos

Cibertron: Conan o Bárbaro

Quadrideko: Batman no Cinema

Reviews de Historias em Quadrinhos : Batman Dead End


7 comentários:

  1. Mais uma vez parabéns, sua historia tá coesa, gostosa de ler, muito bem escrita. Akira realmente é show.
    Quem não ficou com algumas falas na cabeça? Kanedaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
    Tetsuuuuuuuuuuooooooooooooooo.
    No próximo CQQ estaremos!
    Porque... já começou!

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  2. Eu acho o desenho japonês estático com figuras padrão em montagem.A história pode ser boa, a criação do desenho base ser boa mas não varia com o tempo.
    http://somagui.zip.net

    ResponderExcluir
  3. Eu acho o desenho japonês estático com figuras padrão em montagem.A história pode ser boa, a criação do desenho base ser boa mas não varia com o tempo.
    http://somagui.zip.net

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  4. Talvez você esteja acostumado com o jeito ocidental. Antes de tudo, devemos levar em consideração que é jeito japonês de fazer desenhos, fazer quadrinhos, que difere do jeito ocidental que estamos acostumados.

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  5. Anônimo12:20 PM

    Que leitura interessante e gostosa. Parabéns, Voltarei sempre por aqui.

    Um lindo final de semana e paz.

    Smack!

    Edimar Suely
    edi_suely.blig.ig.com.br

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  6. E o filme "live-action" dirigido por Steve Spielberg, sei lá qndo vai sair ???????

    O q vcs acham disso aew ... ?!?!?!?!

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  7. Sinceramente, skox, se for aquele projeto em que o DiCaprio também está envolvido e que querem mudar a história de NeoTóquio para NeoManhattan, espero que não saia.
    Americano tem mania de querer perverter boas obras que não são deles.

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